Manoel da Conceição receberá o título de Doutor Honoris Causa na UFMA.
Líder camponês, educador popular, defensor do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos, o Sr. Manoel da Conceição Santos, receberá no dia 23 de Novembro, no auditório da Biblioteca Setorial do CCH, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), às 19:00 horas, o justíssimo título de Doutor Honoris Causa.
HISTÓRICO DO HOMENAGEADO
Manoel Conceição Santos, chamado popularmente MANOEL DA CONCEIÇÃO nasceu em 1935, em Pirapemas, na época um vilarejo do município de Coroatá e hoje emancipado à categoria de município do Estado do Maranhão. Pedra Grande, lugarejo onde viveu até ser expulso, com sua família, da terra herdada de seus avós, ficava dentro das fronteiras de expansão agropecuária, que sob fortes incentivos fiscais e respaldo jurídico, mantinham os grandes criadores de gado em posição privilegiada e de opressão política, econômica e cultural aos agricultores familiares.
Trabalhador rural e ferreiro, profissões que aprendeu com seu pai, Manoel Conceição conviveu com a exploração e dominação impostas por uma estrutura econômica rígida. Descendente da Raça Negra e de pais pobres, foi expulso por várias vezes da terra onde trabalhava até se estabelecer com sua família em Pindaré-Mirim, no mesmo estado, em 1962. O analfabetismo, a doença e a subnutrição tanto faziam parte da sua vida cotidiana, quanto a opressão dos grandes criadores de gado, dos grandes comerciantes, de seus capatazes e da polícia.
Manoel Conceição atualmente reconhece que embora desde muito cedo tenha desenvolvido um sentimento de aversão aos coronéis e comerciantes da região, sua primeira posição era de pura revolta. Sua formação sindicalista e desenvolvimento de sua consciência política tiveram origem com o trabalho realizado pelo Movimento de Educação de Base - MEB (MA), que chegou à região em 1962. As lideranças camponesas que surgiram deste trabalho fundaram o Sindicato dos Trabalhadores Rurais Autônomos de Pindaré-Mirim, do qual Manoel Conceição foi presidente por duas vezes consecutivas no período compreendido entre os anos de 1964 e 1968. Em sua primeira eleição como presidente do sindicato em l964, foi eleito por aclamação, em uma Assembléia Geral Extraordinária, com a presença de 3.000 (três mil) lavradores. Nessa Assembléia foi consagrada uma frase emblemática que se tornou mote da resistência dos agricultores familiares: “gado comeu roça, comeu bala!”. Em defesa dos plantios e do preço da produção, organizou as roças coletivas, nas quais a comunidade trabalhava em regime de mutirão e armazenava a produção que era destinada à comercialização coletiva em paióis (pequenos armazéns) comunitários. A produção destinada ao sustento familiar era de controle e liberdade de cada família.
Em 1964, quando houve o golpe militar, eram 100.000 (cem mil) agricultores organizados no vale do Pindaré e parte do vale do Mearim sobre os quais caiu forte repressão. Diversas localidades de maior concentração populacional, dentre as quais Santa Inês, Santa Luzia do Tide, Bom Jardim e Vitória do Mearim integravam a grande mobilização sindical camponesa. O governo passou a massacrar, literalmente, os movimentos organizados e a perseguir Manoel da Conceição. Durante uma Assembléia Geral do Sindicato, realizada no povoado de Anajás a polícia chegou abrindo fogo contra a coletividade ali presente. Manoel levou dois tiros de fuzil no pé e foi levado preso. Permaneceu na cadeia de Pindaré-Mirim durante oito dias, em condições higiênicas precárias e, sem o devido tratamento, seu pé gangrenou. Nesta Assembléia o sindicato tratava de duas grandes questões relacionadas às necessidades da categoria: a resistência na luta coletiva para reaver a terra de posse comunitária das famílias agricultoras que fora tomada pelo indivíduo conhecido como Carioca, que era funcionário do Banco do Estado do Maranhão. A outra questão era relacionada a assistência à saúde para a categoria dos trabalhadores rurais que seria prestada pelo sindicato em razão da ausência do poder público. Após pressão popular, Manoel foi transferido para um hospital em São Luís onde teve sua perna amputada. Durante o período de internação escreveu uma nota pública denunciando o ocorrido. Nesta, denuncia a violência contra os trabalhadores rurais do Vale do Pindaré e afirma “MINHA PERNA É MINHA CLASSE”, em reposta à oferta demagógica e tentativa de manipulação feita pelo governo do estado do Maranhão, já na época comandado por José Sarney.
Várias vezes, junto com os companheiros que compartilhavam dos mesmos ideais, teve que recomeçar tudo de novo: a reorganização dos sindicatos, a reconstrução das escolas de alfabetização e do único Centro de Assistência Médica da Região. Manoel Conceição foi uma das pessoas que mais contribuiu na articulação dos movimentos da massa de trabalhadores rurais que fizeram da região um dos focos de lutas mais importantes durante o regime militar. Em 1972, enquanto as autoridades negavam sua prisão, Manoel era torturado por um grupo clandestino de repressão. Seu desaparecimento foi objeto de muitas campanhas nacionais e internacionais, principalmente sob a coordenação da Anistia Internacional. Tal campanha chamou a atenção da opinião publica mundial e provocou até a intervenção da Santa Sé/Vaticano ( Papa Paulo VI) perante o governo brasileiro. No Brasil a campanha em prol da preservação da vida de Manoel da Conceição foi deflagrada e sustentada pela organização marxista/leninista denominada Ação Popular – AP.
Após sua última prisão, equivalente a um período de 44 (quarenta e quatro) dias, Manoel foi julgado e absolvido pelo Superior Tribunal Militar por absoluta falta de provas. Devido às perseguições políticas impostas pelo o Regime Militar, foi obrigado a pedir exílio à Suíça. Durante este período participou, na Europa, de intensa campanha internacional contra a Ditadura Militar, em favor das liberdades democráticas, dos direitos humanos e da Anistia ampla, geral, e irrestrita a todos os refugiados políticos brasileiros.
Retornando ao Brasil, em 1979, neste mesmo ano, fundou com a participação de 80 (oitenta) dirigentes sindicais da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural - CENTRU, que desenvolve várias atividades educativas com vistas à formação dos trabalhadores rurais em diversos níveis. Em 1984, fundou a regional CENTRU-Maranhão, sediada na cidade de Imperatriz da qual atualmente é coordenador geral. Sob sua coordenação o CENTRU um espaço específico de formação – o Centro de Estudos do Trabalhador Rural – CETRAL, no Município de João Lisboa, com capacidade para 80 (oitenta) pessoas, com fins de promover atividades educativas na área de formação política, sindical, técnica, gerencial e ambiental. O CENTRU-MA iniciou um trabalho de educação e ação sindical em oito municípios do estado, voltado para o fortalecimento do sindicalismo combativo e tendo como estratégia de atuação a ocupação de terras improdutivas, como forma de pressionar o governo a implementar uma política de reforma agrária.
Posteriormente, Manoel Conceição passou a ser um dos responsáveis e criadores da Escola Sindical Padre Josimo Morais Tavares, através da qual desenvolveu programas de formação e capacitação cooperativista, que resultaram na criação de oito Cooperativas de Pequenos Produtores Agroextrativistas nas regiões tocantina e sul do Maranhão.
A questão da produção passou a ser o enfoque seguinte do seu trabalho de acordo com uma concepção que vincula desenvolvimento à conservação do meio ambiente, visando proporcionar aos pequenos produtores alternativas de renda que garantam sua sobrevivência. Nesse sentido, desenvolveu com 4 (quatro) destas cooperativas um projeto financiado pela CEBEMO, atual BILANCE, que objetiva a diversificação da produção, a implantação de culturas permanentes, a criação de pequenos animais, a preservação do meio ambiente e a capacitação das famílias envolvidas nessas áreas. Desenvolveu um projeto de Educação Profissionalizante em convênio com o Ministério do Trabalho e recursos do Fundo de Assistência ao Trabalhador em parceria com 5 (cinco) cooperativas, para seus associados e sindicalizados.
Representando o CENTRU - MA, participou da articulação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais - CNPT e da criação da reserva Extrativista do Ciriaco, que fica situada na região de Imperatriz no município de Cidelândia. Em parceria com o Centro de Trabalho Indigenista - CTI, a Associação dos Povos Timbira Vy’ty - Cati, sediados em Carolina (MA), ajudou articular a rede do Projeto Frutos do Cerrado, como Coordenador Geral. Tal projeto teve por objetivo buscar alternativas para a utilização do Cerrado através da valorização comercial dos frutos nativos e da implantação destas culturas nas roças-de-toco, abrangendo as microregiões tocantina e sul do estado do Maranhão e norte do estado do Tocantins, atingindo 10 (dez) municípios e envolvendo 8 (oito) cooperativas e 3 (três) associações.
O que caracteriza Manoel Conceição como liderança exemplar é o fato de sua atuação estar vinculada à prévias discussões com a classe que representa e de possuir grande sensibilidade para perceber os anseios dos trabalhadores, orientando assim sua ação prática nos vários momentos históricos de sua trajetória. No momento atual, as propostas de desenvolvimento para a região privilegiam grandes projetos com aporte de recursos elevados, tais como, a monocultura de soja para exportação e a implantação da Indústria de Papel e Celulose da CELMAR, que prevê a implantação de 69 mil hectares de plantio homogêneo de eucaliptos, ao mesmo tempo que as matas nativas se tornam cada vez mais escassas. Este modelo leva os trabalhadores rurais a questionarem a política de desenvolvimento imposta para a região, que expulsa o homem do campo, promove a concentração fundiária e a degradação sócio-ambiental das populações locais. Neste contexto, Manoel Conceição surge como aglutinador desses novos anseios que procuram alternativas de produção, renda e melhorias de vida para o pequeno agricultor, aliadas à luta pela obtenção de crédito, que levem a fixação do homem no campo, que se contraponham aos pacotes tecnológicos agressivos ao meio ambiente. E, através do CENTRU-MA, como educador de sua classe, direciona o trabalho de educação e formação para um enfoque sócio-ambiental, desta maneira, SUA VOZ SE TORNA A VOZ DE SUA CLASSE.
PRINCIPAIS FEITOS E FUNÇÕES DESENVOLVIDAS POR MANOEL DA CONCEIÇÃO:
1956/67:
· Membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Distrito de Santa Luzia, município de Bacabal;
1957:
· Professor da Escola Dominical.
1958:
· Trabalhou como auxiliar de Pastor em São José do Tufi, atual Tufilândia (MA)
1962/63:
· Curso de Formação Sindical, Cooperativa e Política - Movimento de Educação de Base - MEB Maranhão;
· Fundou com Antônio Lisboa Brito e outros companheiros, 28 (vinte e oito) Escolas Comunitárias de Alfabetização de Adultos, que na época recebeu o nome de “Escola João de Barro”, no município de Pindaré-Mirim. Esse trabalho de alfabetização e educação possibilitou a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Autônomos de Pindaré-Mirim - Maranhão;
· Mudou-se para Foz do Caru, município de Bom Jardim, onde fundou a primeira Comunidade Evangélica da Assembléia de Deus passando a ser dirigente da mesma.
1964:
· Em fevereiro foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Autônomos de Pindaré-Mirim, por aclamação, numa Assembléia Geral Extraordinária, com a participação de 3.000 (três mil) lavradores;
· No dia primeiro de abril com o golpe militar, o Sindicato foi ocupado pelas forças armadas e as reuniões proibidas. Manoel nesse período foi preso por cinco vezes, acusado de desacato à autoridade;
1965:
· Reeleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Autônomos de Pindaré-Mirim;
· Fundou os Sindicatos de Trabalhadores Rurais de Vitória do Mearim, Santa Inês, Bom Jardim e Santa Luzia do Tide;
1966:
· Com o acirramento dos conflitos por terras, lutas sindicais e sucessivas perseguições é convidado a se afastar da Igreja Evangélica Assembléia de Deus;
1968:
· Com a reanimação dos Sindicatos e das lutas dos trabalhadores rurais, rompe com o governador José Sarney, por não cumprir as promessas de campanha;
· Em julho contrata o médico João Bosco, residente em São Luis (MA), para tentar a erradicação da malária na zona rural do Maranhão, bem como, tentar enfrentar a alta incidência de infecção uterina que acometia as mulheres lavradoras, principalmente pela árdua atividade da quebra do coco babaçu;
· No dia 13 de julho a polícia atacou a Assembléia Geral do Sindicato, sendo baleado e preso, teve a perna direita ferida e por falta de atendimento médico na prisão, teve a perna amputada;
· Em outubro vai a São Paulo para fazer tratamento médico e passa a desenvolver um trabalho de oposição sindical em São Paulo e Belo Horizonte;
· Militante da Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil (APMLP do B)
1969:
· Realiza viagem ao exterior visitando a França, Itália, Oriente Médio e a República Popular da China, onde permanece durante 9 (nove) meses em visita as várias províncias e a capital do território conversando com o povo da China
1970:
· Em julho chega em Pindaré-Mirim, retomando as lutas contra a ditadura militar e trabalhando a reorganização sindical e política dos lavradores do Vale do Pindaré em total clandestinidade. Durante o dia trabalhava e conversava com os trabalhadores, à noite dormia escondido no mato enfrentando chuva, mosquitos e outras pragas para escapar da prisão.
1972:
· Preso e raptado para o Rio de Janeiro, foi durante oito meses torturado brutalmente conforme depoimento prestado na Secretaria da Auditoria da 10.ª Circunscrição Judiciária Militar, em Fortaleza Ceará, em 20 de novembro de 1972
· Durante três anos e quatro meses ficou preso no Instituto Penal Paulo Sarasate - CE, dentre os quais um ano e dois meses em total incomunicabilidade;
· No período em que cumpriu pena (1972-1975), recebeu apoio e solidariedade, através de cartas e telegramas de diversas partes do mundo, inclusive do Papa João Paulo VI, sendo adotado como preso político pela Anistia Internacional que enviou em um mês ao governo brasileiro, Garrastazu Médici, mais de 20 mil cartas de protesto e solidariedade;
· Em maio de 1972 a entidade Britânica intitulada "British Commitee Against the Dictatorship in Brazil" sediada em Londres, conduz uma campanha em favor de Manoel da Conceição que teria sido preso pelas autoridades brasileiras em fevereiro de 1972;
· Ganha solidariedade da Associação dos Agricultores Suíços que através de sua embaixada pressiona o governo brasileiro, tendo como presidente o General Emílio Garrastazu Médici, para que esclarecesse sobre o paradeiro do líder camponês revolucionário Manoel da Conceição, fato que gerou um impasse diplomático entre os dois países;
· Foram organizados por Marcos Arruda e pelo Pastor Tom Clintom 18 Comitês de Solidariedade das Igrejas Evangélicas Norte Americanas nos Estados Unidos da América;
· Em setembro de 1972 foi dado como morto por uma emissora de rádio da Albânia que além de noticiar a sua tortura e morte nos cárceres brasileiros fez uma programação póstuma ao líder camponês. O governo albanês decretou feriado nacional de três dias. Essa campanha na Albânia foi fomentada e alimentada pelo Partido Comunista do Brasil – PCdoB
1975:
· No dia 27 de maio foi julgado e condenado a três anos de prisão e cassação dos direitos políticos por dez anos;
· Saindo da prisão viaja a São Paulo com o apoio do presidente da CNBB, Dom Aloísio Loreheider, permanecendo nesta cidade sob proteção do cardeal Dom Evaristo Arns, onde novamente foi preso por quarenta e cinco dias e torturado pelo DEOPS;
1976/78:
· Foi julgado e absolvido por unanimidade, por absoluta falta de provas, pelo Superior Tribunal Militar;
· Em março de 1976 viaja com sua esposa para Suíça, acompanhado do representante da Liga Suíça de Defesa dos Direitos do Homem, onde foi refugiado político por um período de três anos e sete meses;
· Participou neste período de intensa campanha internacional em favor das liberdades democráticas, dos direitos humanos, da anistia ampla, geral e irrestrita a todos refugiados políticos brasileiros, e principalmente em prol da libertação dos companheiros e das companheiras que permaneciam prisioneiro(a)s da ditadura militar no Brasil;
· Ajuda a organizar os sindicalistas refugiados nos diferentes países europeus, em oposição sindical;
· Participa de vários encontros internacionais com apoio das Centrais Sindicais da França, Suíça e três Confederações Mundiais;
· Realiza várias palestras sobre direitos humanos e regimes ditatoriais, organizadas pela Anistia Internacional, nos diferentes países europeus, como: França, Bélgica, Itália, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia, Dinamarca, Noruega, Espanha, Portugal e Argélia na África;
· Em 1978 participa de um Ato Público Nacional na Holanda em homenagem aos mortos e feridos durante a invasão Nazista na Holanda. Na ocasião denuncia que o governo ditatorial brasileiro está comprando urânio enriquecido do governo holandês com a intenção de fabricar a bomba atômica. Em conseqüência o governo holandês suspende negociações com o governo brasileiro durante dois anos;
· Curso de Cooperativismo, meses de novembro e dezembro/1978, no Instituto Antônio Sérgio - Lisboa/Portugal, Programa de Formação patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), formando-se em Técnico em Cooperativismo;
1979:
· Ainda no exílio lança o livro “Essa Terra é Nossa” (Cette terre est à nous), em língua francesa, editora MASPERO, França, 1979;
· Em outubro de 1979, após a Anistia, retorna ao Brasil, onde foi recebido no aeroporto do Rio de Janeiro e São Paulo por milhares de trabalhadores e o povo em geral;
· Articula com as oposições sindicais uma frente que viria a se intitular Centra Única dos Trabalhadores (CUT);
· Funda o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural - CENTRU, em Recife-PE, com a participação de oitenta dirigentes sindicais da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte;
· Lança em Recife o livro “Essa Terra é Nossa”, pela editora VOZES (edição esgotada);
· 13/outubro/1979, em São Paulo/SP, compôs a 1.ª Comissão Nacional Pró-Construção e Organização do Partido dos Trabalhadores no Brasil;
1980:
· Orientou e monitorou a fundação do PT em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte;
· Num Congresso dos Trabalhadores/as de 5.000 participantes, em São Paulo/SP, é escolhido para assinar a Ata e 3.ª ficha de filiação na fundação do Partido dos Trabalhadores e compor a 1.ª comissão executiva do mesmo, sendo o 2.º Vice-Presidente Nacional deste partido;
1981:
· Participa em São Paulo da Primeira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora- CONCLAT, preparando a fundação da Central Única dos Trabalhadores-CUT;
· Certificado de reconhecimento pela relevante colaboração no 1º Ciclo de Estudos Sociais, no período de 23 a 27 de março, promovido pela UFRP;
1982:
· Presidente do Partido dos Trabalhadores-PT, em Pernambuco;
· Candidato ao governo do Estado de Pernambuco, pelo PT;
· Conferencista na Sociedade dos Cirurgiões Dentistas de Pernambuco, em 30 de agosto de 1982;
1984:
· Volta ao Maranhão, para criar a filial CENTRU-MA, cujo lançamento se deu na Câmara Municipal de Imperatriz, iniciando um Programa de Educação e Ação Sindical em oito municípios do Estado;
1985:
· Inicia a luta pela Reforma Agrária, fortalecimento da CUT e do PT;
· Em janeiro, participa do Primeiro Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, onde é um dos homenageados como símbolo da luta pela Reforma Agrária e resistência a ditadura militar;
1987:
· Articula a criação da Escola Sindical Padre Josimo Morais Tavares, que desenvolveu um programa de formação e capacitação cooperativista e implantação de culturas permanentes nos oito municípios abrangidos pelo trabalho do CENTRU-MA;
1992:
· Articula a instalação do CNPT - CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS e a criação das Reservas Extrativistas do Ciriaco e Mata Grande, em Imperatriz, apoiado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Imperatriz;
· Juntamente com CENTRU-MA inicia a constituição de oito Cooperativas de Pequenos Produtores Agroextrativistas;
· Em parceria com o CTI, através do CENTRU-MA ajuda a articular a rede Frutos do Cerrado em dez municípios, nove (9) do estado do Maranhão e um (1) do estado do Tocantins. A Rede Frutos do Cerrado tem apoio financeiro do Bird e BKF Alemão em convênio com o Ministério do Meio Ambiente dos recursos Hídricos e da Amazônia Legal e contribuiu para o fortalecimento das organizações, assim como, com o plano de desenvolvimento sustentável para a região.
1994:
· Candidato a Senador da República pelo estado do Maranhão, pela Frente Ética, recebendo cento e onze (111) mil votos do povo maranhense que conhecendo sua história de resistência e luta contínua, votou livremente acreditando em sua seriedade e capacidade
1995:
· Em trinta e um de março, recebe no Rio de Janeiro do Grupo Tortura Nunca Mais, a Medalha Chico Mendes - uma homenagem por ter participado da resistência a ditadura militar e continuar lutando até hoje por melhores dias junto com todos os trabalhadores brasileiros;
· Participação na Mesa Redonda Internacional - Fórum Carajás - São Luís - MA, na qual debateu sobre os grandes projetos de exploração de ferro gusa para exportação nos estados do Pará e Maranhão.
1996:
· Através do CENTRU-MA, construiu o CETRAL - CENTRO DE ESTUDOS DO TRABALHADOR RURAL, localizado no município de João Lisboa (MA), povoado Pé de Galinha, com o objetivo de tornar-se uma referência de modelo de produção sustentável, sem o uso do fogo e de agrotóxicos, mas baseado em sistemas agroflorestais (SAF’s);
1997:
· Participação como assessor do Seminário Internacional Grandes Projetos, Pequeno Produtor e Meio Ambiente, promovido pelo FORUM CARAJÁS;
· Nesse período assume a Coordenação Nacional do CENTRU, a Coordenação Regional do CENTRU-MA e o Conselho Nacional dos Seringueiros - CNS.
1998:
· Inaugura, juntamente com 10 organizações associativista/cooperativista do Oeste e Sul do Maranhão e 01 organização cooperativista do Norte do Tocantins, a REDE FRUTOS DO CERRADO – objetivando viabilizar o aproveitamento, processamento e beneficiamento dos frutos do cerrado; capacitar os(as) trabalhadores(as) rurais para a implantação de atividades sustentável extrativista, bem como, o estímulo ao replantio de espécies, visando recuperação de áreas degradadas e o enriquecimento ambientais com culturas permanentes, além, da geração de renda suplementar para as famílias envolvidas e o fortalecimento de suas organizações no campo;
· Candidato a Deputado Federal pelo PT do Maranhão;
2000-2002:
· Um dos fundadores da 1.ª Central de Cooperativas Agroextrativistas do Maranhão (CCAMA), congregando 08 municípios das regiões oeste e sul do Estado. Objetivo: Melhorar em quantidade e qualidade o processo de produção, industrialização e comercialização de produtos agroextrativistas do Maranhão; Avançar com a organização social, ambiental e cultural da classe trabalhadora rural rumo ao Desenvolvimento Sustentável e Solidário.
· Coordena, de setembro/2000 a maio/2001, um processo de construção de um Plano de Negócio para viabilizar a aprovação do Projeto “O CERRADO É VIDA!”, construção de um complexo industrial para a Castanha de Caju (ACC, LCC e Adubo Orgânico), com áreas de sistemas agroflorestais (SAF’s) enquanto alternativa de modelo de produção viável para agricultura familiar agroextrativista ao modelo devastador da produção de monoculturas (soja, gado, eucalipto, etc...); O projeto é aprovado, em outubro/2001, pelo FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) na parte da infra-estrutura e do maquinário e pelo MMA/SCA (Ministério do Meio Ambiente / Secretaria de Coordenação da Amazônia) na parte do capital de giro (matéria prima);
· Agosto/2000, recebe da Câmara Municipal de Imperatriz-MA, o Título de CIDADÃO IMPERATRIZENSE, pelos serviços prestados a essa cidade;
· Homenageado no I ENCONTRO BRASILEIRO DA CULTURA E SÓCIO-ECONOMIA SOLIDÁRIA, realizado em Mendes/RJ, Junho/2001, como Cidadão Histórico e Solidário à luta e resistência dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil;
· Foi homenageado pelo Município de Imperatriz-MA, promovido pela Prefeitura, com a medalha de Comendador Imperatrizense 2001, por sua bravura e dedicação a causa da classe trabalhadora e do meio ambiente da região;
· Homenageado, pela Câmara Municipal de São Luís-MA, em 2001, chancelado pela Vereadora Helena Heluy do PT, enquanto CIDADÃO LUDOVISENSE, pela história e desempenho da luta sócio-ambiental no Estado do Maranhão;
· Homenageado, em 2002, pelo Prefeito do Município de Alto Alegre do Pindaré-Maranhão, titulando uma de suas Escolas com o nome MANOEL CONCEIÇÃO SANTOS, pela serviços exemplares na área da educação do campo;
· Dirige a Central de Cooperativa Agroextrativista do Maranhão, lutando pela implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável e Solidário no Maranhão, tendo o Bioma Cerrado como principal área de atuação e defesa;
2003-2005:
· Idealizador da Secretaria de Coordenação do CERRADO (SCC) e do Fundo Nacional de Apoio aos Povos do Cerrado, no contexto do Ministério do Meio Ambiente, assumido pela Rede Cerrado de ONG’s, com sede em Goiânia/GO, para ser inserido no Plano de Governo LULA/2003;
· Participa do GT de Agroextrativismo da Rede Cerrado de ONG’s, na comissão de articulação;
· Homenageado, em 14 de Dezembro de 2004 pelo Ministério de Meio Ambiente, como vencedor da terceira edição do “Prêmio Chico Mendes do Meio Ambiente na Categoria Liderança Individual”;
· Participa do Conselho Nacional de Interlocução do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e Coordena as ações do FBES no Estado do Maranhão – 2004;
· Fez parte da comissão de hora em 2003 na Conferencia Nacional do Meio Ambiente e a Conferência infanto-juvenil para o Meio Ambiente.
· Homenageado no XII Encontro Nacional do MST, dos dias 19 a 24 na cidade de Curitiba-PR;
· Condecorado em 10 de Abril de 2005, pela Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão - UNISULMA como “Professor Honoris Causa”, destacando sua liderança popular em luta pela democracia, pela reforma Agrária, respeito ao meio ambiente e pela justiça social;
· Participação do 5º Encontro de História Oral do Nordeste, como homenageado e conferencista, no período de 05 a 09 de setembro de 2005, pela Associação Brasileira de História Oral – Nordeste;
2006-2008:
· Suplente no Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável – CONDRAF;
· Membro do Conselho Administrativo da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária – UNICAFES;
· Participação no Livro “MUITOS CAMINHOS, UMA ESTRELA – MEMÓRIAS DE MILITANTES DO PT” – Vol. 01 – agosto/2008 – Fundação Perseu Abramo;
· Coordenador Geral do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural / CENTRU-MA;
· Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas, conferido com o grau de oficial pelo decreto de 18 de novembro de 2008 do Presidente da República do Brasil, Sr. Luis Inácio Lula da Silva.
· Articulador e coordenador do “Encontro dos Povos da Pré-Amazônia Maranhense com o Governo do Maranhão”, realizado nos dia 28 e 29 de novembro de 2008 na cidade de João Lisboa / MA.
2009:
· Recebe o Título de IMPRESCINDÍVEL, por sua luta em favor dos Diretos Humanos, que lhe foi conferido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, durante o III Seminário Latino-Americano de Anistia e Direitos Humanos Manoel Conceição.
MANÉ GUERREIRO DO POVO BRASILEIRO !!!!
Meu querido. Estamos seguindo o seu blog, com o nosso sentimento de Respeito, apreço e Gratidão. Um abraço do tamanho da cidade de Arari, que amo de Paixão.Sou grato por ter, entre os meus seguidores.
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