terça-feira, 27 de dezembro de 2011

RATOS COMEM FILÉ EM BOM JARDIM - MA

Vejam no vídeo abaixo este absurdo que acontece na cidade de Bom Jardim, Maranhão.

Como fica o posicionamento das autoridades?

Um verdadeiro ABSURDO.

Como sempre que padece é a população.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os "narizes-pintados"



Os "narizes-pintados"

DESABAFO DE UMA ALUNA EXTRAÍDO DO FACEBOOK

por Roberta Belfort, quarta, 21 de Dezembro de 2011 às 22:22

Sim. Saímos da era dos "caras-pintadas" e, infelizmente, em vez de progresso tivemos retrocesso.

A forma de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio, mais uma vez nos mostrou que "narizes-pintados" deveria ser a melhor nomenclatura para os estudantes brasileiros, tendo em vista o papel de palhaço estampado nas notas atribuídas.

O exame e seu critério de avaliação, que visam garantir a isonomia do processo, acabam não alcançando tal proposta, tendo em vista a falta de transparência em conjunto com o não esclarecimento do TRI (Teoria de Resposta ao Item). Este, estipula um nivelamento nas questões em detrimento do seu "grau de dificuldade", em que não é exposto com clareza o peso de cada uma, causando estranhamento, dúvidas e descrença ao candidato.

O MEC e sua proposta de universalização e democratização do acesso ao nível superior, não só mostra a falta de competência na produção e aplicação das provas, como também no critério avaliativo das questões e da redação. Em todos os anos de ocorrência do exame houve falhas. Vazamentos de gabaritos, de provas, constantes ameaças de anulação, questões pré-testes repetidas, provas reaplicadas a uma classe restrita etc.

Como confiar em algo tão instável?
Como entender que a educação brasileira se resume ao desrespeito para com os estudantes?
Cruzar os braços e aceitar tudo isso?
Vale mesmo a pena levar esse exame tão a sério?

Você estuda o ano todo, pois entende que tal prova é essencial a sua entrada numa instituição de qualidade, e se depara com uma correção que não faz jus ao constatado anteriormente pelo gabarito apresentado.
Seria a Teoria de Resposta ao Item atribuindo valores impossíveis?

Na matemática de muitos, é essa a explicação a ser dada. Houve casos de redações zeradas. Sabemos dos critérios existentes para que isso ocorra, mas por que não podemos pedir o esclarecimento ou revisão de correção? Por que não podemos sequer verificar nossas falhas?
Qual o meio de comunicação disponibilizado? Quem procurar? Um juíz? Um professor? Um filósofo? Um pai de santo? Ou o dono do circo?

Francamente, uma prova que representa tanto para a juventude brasileira é tratada com total descaso e despreparo por políticos, a ponto de nós, enquanto sociedade civil, não acreditarmos mais neste processo seletivo. O que pedimos é justiça, o que reinvidicarmos é nosso direito, o que queremos é seriedade, queremos espaço, queremos ser levados a sério enquanto pessoas que estudam com um propósito de vida.

"Mudar" é o verbo que falta na gramática brasileira, "agir" é a melhor terceira conjugação existente para que revertamos o quadro.

Queremos um ENEM que tire o vermelho do nariz de palhaço e o coloque nas mãos de um aplauso forte. Não é pedir demais.

Roberta Belfort.
Estudante

domingo, 18 de dezembro de 2011

Família Sarney agora investe em terras com gás



Rodrigo Rangel - O Estadao de S.Paulo

Dona de um patrimônio estimado em mais de R$ 250 milhões, boa parte na forma de imóveis e emissoras de rádio e televisão, a família Sarney abriu uma nova fronteira de negócios. Investe agora em terrenos situados em regiões do Maranhão onde há perspectiva de exploração de petróleo e gás natural. Os investimentos mais recentes se concentram em Santo Amaro, município localizado a 243 quilômetros de São Luís, na região dos Lençóis Maranhenses.
As áreas estão registradas em nome da Adpart Administração Ltda, empresa aberta em dezembro de 2007 e que tem como sócios o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e uma das netas dele, Ana Clara, filha do empresário Fernando Sarney. A Adpart "funciona" na casa de José Sarney, na Península dos Ministros, Lago Sul de Brasília.
O caso das terras de Santo Amaro desperta atenção pela polêmica que envolve as propriedades. Trata-se de um imbróglio que já foi parar até em delegacia de polícia. O problema é que as mesmas faixas de terra foram vendidas mais de uma vez - por pessoas diferentes e a compradores diferentes. Resultado disso: para um mesmo terreno, há mais de uma escritura e o nome do presidente do Senado está no centro da briga. Os vários "donos" das terras se acusam mutuamente de fraudar documentos. A disputa ocorre exatamente no pedaço de terra onde estariam localizadas promissoras reservas de gás natural.
A escritura em poder da família Sarney data de 2004. Pelo documento, o terreno foi comprado pelo próprio senador, representado na ocasião por procuração concedida a um de seus irmãos, Ronald Sarney. Mais recentemente, José Sarney decidiu transferir a propriedade para a Adpart, a empresa sediada em sua casa de Brasília - a mesma casa, no valor de R$ 4 milhões, que o senador deixou de declarar à Justiça Eleitoral em duas eleições consecutivas, como revelou o Estado.
O pobre município de Santo Amaro passou a ser alvo de especulação imobiliária nos últimos cinco anos, justamente por conta do prometido eldorado do gás. Os terrenos objeto do litígio em que Sarney está envolvido são contíguos à chamada "área de acumulação marginal de petróleo e gás de Espigão", leiloada em 2006 pela ANP, a Agência Nacional de Petróleo. No leilão, o campo esteve entre os mais disputados. A estimativa, à época, era de que ali haveria mais de 280 milhões de metros cúbicos de gás, algo que pode render dinheiro não apenas para as empresas que vão explorar o campo, mas também para os donos das terras - daí a razão da briga.
A assessoria do senador disse ao Estado que ele "comprou legalmente os terrenos" em Santo Amaro. "Ele desconhece que exista duplicidade. E, se existir, é má-fé, a ser resolvida na Justiça", afirmou em resposta dada por escrito.
Os terrenos na região dos Lençóis são uma pequena amostra do patrimônio dos Sarney. O senador não nasceu rico. Quando presidente da República, em discurso em São Luís, ele se emocionou ao lembrar da origem humilde: o pai teve de vender uma máquina de datilografar para mandá-lo estudar na capital. Há mais de 40 anos no comando da política maranhense, foi o senador quem fez a fortuna da família. O principal negócio veio da própria política: as concessões de TV e rádio que fazem dos Sarney os proprietários de um pequeno império de comunicação, o maior do Maranhão.
A Rede Mirante, afiliada da Rede Globo, possui geradoras e repetidoras espalhadas por todo o Estado. As rádios da família também se disseminam pelo Maranhão. O conglomerado de mídia dos Sarney inclui ainda o maior jornal local. Estima-se que só o valor de mercado dessas empresas ultrapasse os R$ 200 milhões. A família também possui uma vasta carteira imobiliária. São casas, terrenos, apartamentos e áreas rurais que se espalham pelo Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Brasília.
BENS
Curiosamente, essa fortuna passa longe das declarações de bens do patriarca, José Sarney (leia abaixo). Embora seja o grande responsável por construí-la, o senador faz questão de deixar a maior parte do patrimônio em nome dos filhos. Em suas declarações, não há referência a uma ação sequer das empresas de comunicação, por exemplo. A ilha de Curupu e a casa colonial que Sarney construiu num dos pontos mais valorizados da orla de São Luís também estão fora de suas listas de bens. O expediente é sempre o mesmo: Sarney repassa os ativos aos filhos por meio de doações. Um exemplo ilustrativo é o da ilha de Curupu.
A ilha foi uma herança da família de Marly, mulher do presidente do Senado. Foi, na origem, uma doação a frei Francisco Mata Borges, no século 18. Tem 16 quilômetros quadrados. Está num pedaço espetacular do litoral do Maranhão, onde é possível chegar apenas de barco ou helicóptero. Durante anos, era uma propriedade quase intocada. Depois que Sarney assumiu a Presidência da República, em 1985, a família resolveu erguer ali seu refúgio particular.
Em Curupu, onde Sarney foi descansar assim que começou o recesso parlamentar, há três casas. São interligadas por passarelas suspensas que servem a quem quer ir de uma casa à outra nos horários de maré cheia. Uma das casas foi construída pela filha de Sarney, Roseana, e pelo marido, Jorge Murad, há menos de dez anos - tem 12 quartos e estrutura de madeira de lei. Possui um atracadouro, construído no fim de um canal dragado especialmente para permitir que as embarcações da família possam se aproximar.
DE CIMA

Só é possível ter uma ideia da estrutura construída pelos Sarney olhando a ilha de cima. Os moradores dos povoados perto de Curupu não fazem ideia do que tem por lá. A mata em volta das casas não permite ver a área privativa. "Eles não deixam andar por lá, não. Eu nem sei como é lá dentro", diz Aldeniron Rodrigues Santos, 41 anos, que toma conta de uma casa de veraneio do outro lado da baía e costuma pescar nas proximidades de Curupu. "Só vejo o movimento de barcos quando tem alguém dos Sarney lá", conta.


terça-feira, 29 de novembro de 2011

PRIMAVERA MARANHENSE #ForaRoseanaSarney


O primeiro ato do movimento denominado ‘Primavera Maranhense’ ficará para a história do Maranhão. Num vibrante e emocionante protesto, estudantes, jovens, líderes sindicais e membros de movimentos sociais realizaram, na tarde desta terça-feira (29), um grande ato na Assembleia Legislativa pedindo a saída de Roseana Sarney do comando do governo do Estado.
Depois de se concentraram na entrada da Assembleia, por volta das 16h uma multidão de pessoas seguiram em caminhada proferindo gritos de ordem como “Ôh Roseana pode tremer, os maranhenses vão desempregar você”, “Sarney, ladrão, devolve o Maranhão” e subiram a rampa até chegarem na frente das dependências da Casa. Lá, foram recebidos com muita festa por policiais e bombeiros em greve que abriram um corredor para recebê-los.
De caras pintadas, vestindo camisas e empunhando faixas, cartazes e bandeiras onde se lia explicitamente “Fora Roseana”, juventude e militares entoaram palavras de ordem contra o domínio da família Sarney no Maranhão e pediram o impeachment de Roseana Sarney. Na oportunidade foi lido um manifesto ao povo do Maranhão e cantado o hino nacional.
Com discursos inflamados, todos foram unânimes em exigir a renúncia da governadora do cargo, em razão da administração caótica e inoperante da filha do senador José Sarney. “Roseana que comece a fazer seu currículo porque nós vamos demitir ela do governo”, afirmou um manifestante. “Por estar vendo policiais de mais aqui nem sei pra quem eu peço para que faça a prisão de Roseana”, asseverou outro, mais exaltado. Uma militante de esquerda disse que com o surgimento da ‘Primavera Maranhense’ era hora de mandar a família Sarney para a “p… que p….”. Ao final, num clima de muita união todos se confraternizaram.
Veja abaixo algumas fotos do movimento, registradas por Sáride Maíta.







sábado, 12 de novembro de 2011

SÃO LUÍS E MARANHÃO CONTRA A CORRUPÇÃO

O movimento NASRUAS informa que no dia 15 de novembro de 2011 acontecerá, em São Luís, a II Marcha Contra a Corrupção. A concentração será no Anel Viário (Quiosques da Passarela do Samba) às 14 horas.


Em seguida, a caminhada seguirá pela Avenida Vitorino Freire rumo ao Palácio dos Leões (sede do Governo) e Palácio de La Ravardière (sede da Prefeitura), em um ato simbólico e pacífico para protestar contra a corrupção que causa mortes e miséria em nosso País.

A Marcha Contra a Corrupção surgiu como um movimento popular em todo o país como forma de convidar os cidadãos a sair às ruas e lutar pelos seus direitos e contra os atos corruptos dos gestores públicos.

A Marcha está ocorrendo pela segunda vez no Maranhão e pela terceira vez em todo o país.

O movimento NASRUAS é uma congregação nacional de movimentos apartidários e pacíficos que se uniram na internet por meio da rede social Facebook. Hoje, o movimento tem como foco o protesto contra a corrupção, porque acredita ser o problema mais grave do país.

Outras informações, acesse:

http://www.facebook.com/groups/nasruas.ma/

http://cvamovimentopopularlivre.blogspot.com/

domingo, 31 de julho de 2011

OS HOSPITAIS DE ROSEANA NA UTI

Grifo nosso: As questões sociais sempre são deixadas à parte em função de fraudes e negócios escusos. A parte mais necessitada dos recursos na história: o povo, fica à míngua.

Fraudes em licitações colocam sob suspeita programa de construção de unidades de saúde da governadora do Maranhão, em um negócio de quase meio bilhão de reais.

Por Claudio Dantas Sequeira

ESCÂNDALO
Relatório da Procuradoria de Contas aponta irregularidades na licitação e pede a devolução de repasses feitos a empreiteiras.



DENÚNCIA
Documento cita empresas envolvidas
Quem percorre o interior do Maranhão se surpreende com a quantidade de esqueletos de grandes obras abandonadas e expostas ao tempo. Várias delas estão em municípios humildes como Marajá do Sena, Matinha e São João do Paraíso. São hospitais públicos inacabados do programa Saúde é Vida, principal bandeira da campanha de reeleição de Roseana Sarney (PMDB). Com apenas 12% do cronograma cumprido desde que foi lançado há dois anos, o projeto já tem um custo superior a R$ 418 milhões e corre o risco de virar mais um imenso monumento à corrupção. Relatório da Procuradoria de Contas maranhense, obtido com exclusividade por ISTOÉ, acusa o governo de fraudar o processo licitatório, pede a devolução de parte dos repasses e a aplicação de multa ao secretário de Saúde, Ricardo Murad, cunhado da governadora. A investigação dos procuradores Jairo Cavalcanti Vieira e Paulo Henrique Araújo, a partir de representação do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Maranhão, revela um cipoal de irregularidades e mostra como o governo beneficiou empreiteiras que depois abasteceram o caixa de campanha do PMDB com mais de R$ 2 milhões.

Os problemas começaram no segundo semestre de 2009, quando o governo de Roseana resolveu lançar o Saúde é Vida. Mesmo sem previsão orçamentária, a governadora conseguiu incluir o programa no Plano Plurianual e entregou sua execução ao cunhado. Murad, alegando urgência, contratou sem licitação a empresa Proenge Engenharia Ltda. para a elaboração dos projetos básico e executivo. Os procuradores descobriram que, na verdade, o projeto básico já tinha sido elaborado por técnicos da própria Secretaria de Saúde. A mesma Proenge venceu, logo depois, um dos lotes da concorrência 301/2009 para a construção de 64 hospitais de 20 leitos. O edital da obra indicava que as empreiteiras vencedoras deveriam elaborar o projeto executivo dos hospitais. Ou seja, a empreiteira acabou recebendo duas vezes para prestar o mesmo serviço. No total, a Proenge recebeu R$ 14,5 milhões. Para os procuradores do TCE maranhense, que questionam o caráter emergencial da contratação, “os valores pagos à empresa Proenge constituem lesão ao erário e devem ser objeto de ressarcimento”. Eles calcularam em R$ 3,6 milhões o total que deve ser devolvido.

As ilegalidades não param aí. A construção dos hospitais de 20 leitos foi dividida em seis lotes, mas três deles simplesmente não entraram na licitação. Foram entregues a três empreiteiras diferentes: Lastro Engenharia, Dimensão Engenharia e JNS Canaã, que receberam quase R$ 64 milhões em repasses e nem sequer construíram um hospital. A JNS Canaã é um caso ainda mais nebuloso. Os procuradores afirmam que a empreiteira, filial do grupo JNS, teve seu ato constitutivo arquivado na Junta Comercial do Maranhão em 24 de novembro de 2009, dias antes de fechar contrato com o governo. A primeira ordem bancária em nome da JNS saiu apenas quatro meses depois, em 16 de abril de 2010. Sozinha, a empresa recebeu R$ 9 milhões, não concluiu nenhum dos 11 hospitais e teve seu contrato rescindido por Murad. Antes, porém, a mesma JNS doou R$ 700 mil para a campanha de Roseana, por meio de duas transferências bancárias, uma de R$ 450 mil para a direção estadual do PMDB e outra de R$ 300 mil para o Comitê Financeiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.

FAVORECIMENTO
Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras.

A Dimensão Engenharia e Construção Ltda., outra das contratadas sem licitação, foi ainda mais generosa ao injetar R$ 900 mil no caixa do partido durante a eleição. A Lastro Engenharia, por sua vez, repassou aos cofres peemedebistas mais R$ 300 mil. A empresa conseguiu dois contratos com dispensa de licitação: a reforma do Hospital Pam-Diamante, em São Luís, e a construção de hospitais de 20 leitos. Além disso, foi uma das vencedoras da disputa (licitação número 302/2009) para erguer unidades de saúde com 50 leitos. Esses contratos foram aditivados em 25% (o limite legal previsto pela legislação). Ao todo, a empreiteira faturou R$ 58 milhões. O uso do limite para elevar o valor dos contratos foi utilizado também por outra construtora, a Ires Engenharia, o que alertou os procuradores do TCE. “Chama a atenção o fato de o valor acrescido aos contratos coincidir até nos centavos com o valor limítrofe previsto em lei. A impressão que se tem é que ou o valor originariamente contratado foi equivocado ou os aditivos foram firmados sem critério estritamente técnico”, escreveram no relatório.

Para o deputado Domingos Dutra (PT/MA), os problemas no programa Saúde é Vida vão além do anotado pelos procuradores. Um levantamento das ordens bancárias de 2010 mostra uma série de repasses redondos que, segundo Dutra, “indicariam a prática de caixa 2 para abastecer a campanha de Roseana.” A Dimensão Engenharia, por exemplo, recebeu R$ 1 milhão em 19 de julho. Três dias antes, a empreiteira Console apresentou fatura de R$ 2 milhões. No mesmo dia, o governo pagou mais R$ 1 milhão à Geotec e R$ 1,5 milhão à Guterres, que no dia 22 recebeu mais R$ 500 mil. A JNS teve três repasses redondos: R$ 300 mil e R$ 50 mil em 16 de abril e R$ 1,5 milhão em 16 de julho. A Lastro teve um repasse de R$ 1,5 milhão; a Proenge, dois repasses de R$ 600 mil e R$ 300 mil; e a Ires Engenharia, um pagamento de R$ 1 milhão. “Nenhuma empresa emite nota fiscal pela prestação de serviços com números redondos”, afirma Dutra. “Geralmente são valores fracionados, até em centavos, como vemos nas dezenas de outras ordens de pagamento.” O parlamentar encaminhou petição ao Ministério Público Federal e à Controladoria-Geral da União.

Além dos indícios de corrupção e do uso das obras para angariar dividendos políticos, o deputado federal Ribamar Alves (PSB) ataca a concepção do Saúde é Vida, que, segundo ele, contraria determinações do próprio Ministério da Saúde sobre a construção de hospitais em cidades com menos de 30 mil habitantes. “Essas prefeituras não têm dinheiro para a manutenção desses hospitais nem médicos suficientes ou demanda”, afirma. Ele estima em R$ 500 mil o custo mensal para a manutenção dessas unidades, valor acima da soma dos repasses do Fundeb, do SUS e do Fundo de Participação dos Municípios. “Sem gente nem dinheiro, esses hospitais vão se transformar em imensos elefantes brancos”, diz Alves. O parlamentar lembra que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou requerimento do deputado Osmar Terra (PMDB/RS) para convidar Murad a prestar esclarecimentos sobre o programa e outros problemas na área da saúde. “Ele tem muito o que explicar”, afirma. Procurado por ISTOÉ, o secretário de Saúde do Maranhão não se manifestou até o fechamento da edição.

FONTE: Revista IstoÉ

segunda-feira, 25 de julho de 2011

PORTELADA CONTESTA MAX BARROS SOBRE A VIA EXPRESSA


 O presidente do Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Raymundo Portelada, contestou na manhã de ontem declarações do secretário estadual de Infraestrutura, Max Barros, em relação ao projeto de construção da Via Expressa em São Luís.

Portelada enfatizou que o Crea não é contra a construção da Via Expressa; está somente cobrando as ARTs (anotações de responsabilidade técnica) dos projetos exigidos pela legislação para que a obra seja executada com segurança, qualidade e economia.

 Segundo Portelada, os documentos apresentados por Max Barros à imprensa são relativos à responsabilidade técnica da construção das obras, e não dos projetos. “O secretário tenta enganar a sociedade e a própria governadora, que é leiga no assunto”, frisou.

Portelada foi enfático ao declarar que o Crea vai cobrar da Prefeitura de São Luís que todas as ARTs estejam registradas no Crea. E caso a obra seja liberada sem as ARTs, o Crea irá denunciar a ilegalidade aos órgãos de controle. Sem as ARTs registradas no Crea, a Prefeitura não poderá conceder alvará de licença para a construção da obra.

“É atribuição do Crea cobrar todos os procedimentos previstos na Lei nº 5.194/66. Além de fiscalizar o exercício profissional, é função do Crea exigir que as empresas executem as obras dentro dos parâmetros legais”, afirmou Portelada, informando que o Crea não foi convidado para nenhuma audiência pública sobre a Via Expressa durante a qual seriam discutidos os aspectos técnicos, desde a concepção até a viabilidade do projeto.

Quanto à alegação de que haveria motivação política na postura adotada pelo Crea, Raymundo Portelada também foi enfático: “Nunca fiz nenhuma obra nem no governo de José Reinaldo nem de Jackson Lago. E já fiz várias obras nos períodos de governo de Roseana. Portanto, não tem nada de política nesta nossa postura de defesa da legalidade dos projetos de engenharia civil”.

Raymundo Portelada lembrou que, em 2010, o Crea cobrou do governo do estado as ARTs de projetos para construção de 72 hospitais. “E agora eu pergunto: qual deles está funcionando?”, questionou Portelada. “O ônus de ser presidente de uma instituição como o Crea é justamente cobrar dos gestores públicos a obediência à legislação, para que as obras sejam executadas com qualidade, economia e segurança”, ressaltou.


terça-feira, 19 de julho de 2011

EDUCAÇÃO CONTROLE REMOTO


 A EDUCAÇÃO PALIATIVA DO MARANHÃO


Com acréscimo de comentários nosso.

A matéria a seguir foi extraída do Blog do amigo Hugo Freitas, mas para quem já vive em São Luís há tempos escutando essa história de “educação revolucionária”, cabe um grifo nosso.

Este tipo de programa aparenta os moldes do antigo TeleEnsino, que surgiu como uma “Revolução” na Educação, e basta olhar os indicadores do nosso estado para perceber a tal “REVOLUÇÃO”, mas no sentido REVERSO; assim nos deparamos como arremata com muita visão o amigo Hugo Freitas, com mais uma tentativa desesperada do governo de melhorar os indicadores, e como tudo que surge nessa gestão de mirabolante, cabe aqui a análise e visão administrativa da situação: mais um programa que surge de maneira AD HOC.

Infelizmente é essa a visão que se tem da educação em nosso estado, o que se espera neste novo processo “REVOLUCIONÀRIO” da educação é que não adote “BIOGRAFIA” de certo político como leitura obrigatória em sala de aula.

Segue a matéria....

Para fortalecer a aprendizagem de mais de 12 mil alunos da 3ª série do ensino médio da rede pública estadual, o Governo do Estado, por intermédio das secretarias de Ciência e Tecnologia (Sectec) e Educação (Seduc), lançou, nesta segunda-feira (18), o edital para seleção de mil tutores que irão atuar no Programa Aula do Futuro 2011.

A ação visa melhorar o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), contribuindo para sua inserção nas Instituições de Ensino Superior.

As inscrições poderão ser feitas até dia 31, no endereço eletrônico www.fapema.br/patronage. Poderão participar da seleção, conforme edital, professores que desempenham atividades no ensino médio, nas áreas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia.

Um ponto a destacar é que o programa Aula do Futuro não servirá como reposição das aulas não ministradas pelos professores da rede estadual durante o período de greve. Este programa desenvolverá atividades complementares ao conteúdo ministrado em sala de aula, visando Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Os candidatos pré-selecionados deverão participar de uma capacitação, com duração de uma semana, com carga horária de 18h. Aqueles que apresentarem melhor desempenho serão escolhidos para atuação como tutores do programa. Os tutores receberão bolsas no valor de R$ 580,00 para dedicação de, no mínimo, 8 horas semanais. As bolsas terão duração de até seis meses, de acordo com a disciplina ministrada.

Segundo o secretário adjunto da Sectec, Almir Coelho, além dos tutores, deverão ser selecionados, posteriormente, cerca de 120 supervisores e monitores. “O programa possui características inovadoras, utilizando metodologia com suporte de recursos tecnológicos avançados na modalidade de educação à distância, adaptado à realidade da região, permitindo atender um grande contingente de alunos, professores e técnicos”, destacou.

A secretária adjunta de Ensino da Seduc, Graça Tajra, ressaltou que todo o desenvolvimento do programa será acompanhado por uma equipe técnico-pedagógica das duas secretarias envolvidas, para que a ação seja exitosa. “Todo o processo será avaliado periodicamente com intuito de garantir ao aluno o sucesso ao programa, bem como o fortalecimento da aprendizagem”, declarou.

O chefe da Assessoria de Planejamento e Ações Estratégicas, Hênio Aragão, explicou que o programa tem carga horária total de 500 horas/aula, estruturada em áreas temáticas e abordando um total de nove disciplinas. “As aulas serão ministradas através da metodologia de ensino presencial mediado por tecnologia com carga-horária e processo de ensino aprendizagem, dividido em três momentos distintos: videoconferências, apoio tutorial presencial e estudos complementares a distância”, explicou.

O programa Aula do Futuro é uma ação continuada que teve início em 2009, com atividades pedagógicas distintas e complementares, com foco nos alunos, professores e profissionais da 3ª série do ensino médio da rede pública estadual. Nesta edição, as aulas acontecerão em 97 escolas da rede estadual, em 46 municípios, nos quais estão instalados pontos de interatividade.

Esta é uma tentativa desesperada do Governo Roseana em tentar melhorar os alarmantes e vergonhosos índices educacionais do Maranhão diante da proximidade do Enem, uma vez que o Exame é um dos pontos estatísticos que colocam a educação maranhense entre as piores do país.

Pena que o Enem só ocorra uma vez por ano. Como seria bom se fosse um exame mensal. Quem sabe, assim, as iniciativas do atual governo não seriam meramente paliativas, mas constantes e em tempo integral.

Texto Original: Hugo Freitas