Os "narizes-pintados"
DESABAFO DE UMA ALUNA EXTRAÍDO DO FACEBOOK
por Roberta Belfort, quarta,
21 de Dezembro de 2011 às 22:22
Sim. Saímos da era
dos "caras-pintadas" e, infelizmente, em vez de progresso tivemos
retrocesso.
A forma de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio, mais uma vez nos
mostrou que "narizes-pintados" deveria ser a melhor nomenclatura para
os estudantes brasileiros, tendo em vista o papel de palhaço estampado nas
notas atribuídas.
O exame e seu critério de avaliação, que visam garantir a isonomia do
processo, acabam não alcançando tal proposta, tendo em vista a falta de
transparência em conjunto com o não esclarecimento do TRI (Teoria de Resposta
ao Item). Este, estipula um nivelamento nas questões em detrimento do seu
"grau de dificuldade", em que não é exposto com clareza o peso de
cada uma, causando estranhamento, dúvidas e descrença ao candidato.
O MEC e sua proposta de universalização e democratização do acesso ao
nível superior, não só mostra a falta de competência na produção e aplicação
das provas, como também no critério avaliativo das questões e da redação. Em
todos os anos de ocorrência do exame houve falhas. Vazamentos de gabaritos, de
provas, constantes ameaças de anulação, questões pré-testes repetidas, provas
reaplicadas a uma classe restrita etc.
Como confiar em algo tão instável?
Como entender que a educação brasileira se resume ao desrespeito para
com os estudantes?
Cruzar os braços e aceitar tudo isso?
Vale mesmo a pena levar esse exame tão a sério?
Você estuda o ano todo, pois entende que tal prova é essencial a sua
entrada numa instituição de qualidade, e se depara com uma correção que não faz
jus ao constatado anteriormente pelo gabarito apresentado.
Seria a Teoria de Resposta ao Item atribuindo valores impossíveis?
Na matemática de muitos, é essa a explicação a ser dada. Houve casos de
redações zeradas. Sabemos dos critérios existentes para que isso ocorra, mas
por que não podemos pedir o esclarecimento ou revisão de correção? Por que não
podemos sequer verificar nossas falhas?
Qual o meio de comunicação disponibilizado? Quem procurar? Um juíz? Um
professor? Um filósofo? Um pai de santo? Ou o dono do circo?
Francamente, uma prova que representa tanto para a juventude brasileira
é tratada com total descaso e despreparo por políticos, a ponto de nós,
enquanto sociedade civil, não acreditarmos mais neste processo seletivo. O que
pedimos é justiça, o que reinvidicarmos é nosso direito, o que queremos é
seriedade, queremos espaço, queremos ser levados a sério enquanto pessoas que
estudam com um propósito de vida.
"Mudar" é o verbo que falta na gramática brasileira,
"agir" é a melhor terceira conjugação existente para que revertamos o
quadro.
Queremos um ENEM que tire o vermelho do nariz de palhaço e o coloque nas
mãos de um aplauso forte. Não é pedir demais.
Roberta Belfort.
Estudante
Enquanto estivermos num sistema democrático, exigiremos respeito.
ResponderExcluirIHUU É ISSO AI BETINHAAAA!
ResponderExcluirO Enem é um retrocesso! 1º - esse negócio d escolher o curso só após o resultado das provas só aumenta as vagas ociosas nas Universidades; 2º - o TRI é uma fantasia! Ser transparente e justo é colocar o peso das questões; 3º - se vc quer tirar uma boa nota na redação, eh bom fazer sua promessa, falar com seu orixá ou pai de Santo. Vc vai precisar. O método de correção da redação é mais obscuro q o TRI; 4º - só o Enem consegue nos mandar fazer prova p o lugar mais distante possível da sua ksa; 5º - é desumano resolver 90 qts e ainda ter q fazer uma redação (ah, mas no Enem redação eh contar com a sorte!); 6º - esse negócio de prova n conteudista é puro papo furado! No Enem, um estudante passa p Engenharia sem saber logaritmo - um absurdo!
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